O País registou uma redução do número de óbitos causados por acidentes de viação, de Janeiro a Junho deste ano, quando comparado com igual período do ano passado. De acordo com o balanço realizado, esta semana pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, no período em referência, foram contabilizados 310 óbitos, contra 357 registados no primeiro semestre de 2023, o correspondente a uma redução de 13%.
Os mesmos dados revelam que maior redução verifica-se no número dos acidentes de viação, onde se registaram 366 acidentes, contra 387 contabilizados no primeiro Semestre de 2023, o correspondente a uma redução de cerca de 5%.
No que se refere aos tipos de acidentes, os atropelamentos carro peão continuam no topo, representando 36% do total dos acidentes registados, seguido de despistes, com 29%. O choque carro/ mota, corresponde a um novo fenómeno que desponta nas causas dos acidentes de viação, com um peso de cerca de 14%, em consequência do aumento do uso de motorizadas como meio de transporte em algumas cidades e vilas do país.
O Balanco Semestral apresentado ao Conselho Consultivo do MTC avalia, igualmente, a prevalência dos atropelamentos por província, sendo de destacar a Cidade de Maputo com um peso de 34%, seguido da Província de Inhambane, com 21% e Gaza com 12%.
Apesar da relativa redução dos índices de segurança rodoviária, prevalece a preocupação sobre o elevado número de mortes que continua a se registar nas estradas moçambicanas, prosseguindo acções de sensibilização dos intervenientes na via pública, intensificação da fiscalização rodoviária para a responsabilização dos infractores, bem como a reforma legal para ajustar as normas aos actuais desafios. Na reforma legal, destaca-se a revisão do Código da Estrada e do Regulamento do Transporte em Automóveis e Reboques.
O balanço semestral sobre os acidentes nos transportes efectuado pelo Ministério dos Transportes e Comunicações inclui a componente do transporte ferroviário e marítimo, onde os índices tendem a subir. Nas ferrovias moçambicanas, foram contabilizados 39 óbitos, contra cerca de 18 registados no primeiro semestre de 2023. Considerando a distribuição espacial dos sinistros ferroviários, o Corredor do Norte afigura-se como o mais mortífero, com 23 óbitos, seguido do sistema ferroviário sul com 10 óbitos e o sistema ferroviário centro registou o menor número, 6 óbitos.
No transporte marítimo, os dados apontam para a ocorrência de 141 óbitos, contra 34 registados no primeiro semestre de 2023. Esta subida, de mais de tripulo, é influenciada pelo acidente da Ilha de Moçambique, ocorrido em Abril deste ano, no qual morreram 98 pessoas. Ainda em Nampula, a costa de Angoche contribuiu com 7 óbitos. As províncias do Niassa e Sofala também registam números elevados de óbitos resultantes de acidentes marítimos com um total de 10 óbitos por cada província.
Para fazer face a este quadro sombrio dos acidentes ferroviários e marítimos, o Sector está a implementar campanhas de educação de todos os intervenientes, por forma a adoptar conduta segura e o cumprimento dos regulamentos de transporte ferroviário e marítimo.